Alvissareira

A flor quando se abre
é convite a outro mundo
Ao tempo da era sã
que breve se mostrará
E assim é, por bom costume...

Da vida que é milagre,
em toda soma dos segundos,
é ela a guardiã
do todo que chegará
por vias do seu perfume

A flor quer que se consagre
o que há de conteúdo
já no raiar da manhã
Ela é maga, ela é fada
o sentimento em cardume

A flor que aos olhos cabe
é assim de amor profundo
A semente que é tardã
mas que brotará
trazendo leve, o lume

A flor mentora, a druida
é fonte que não acaba
É a que vê a vida
pela natureza
pelo encanto, pela taba
e não pela riqueza
do quanto
que se arrume

A flor
libera a sua cor
p'ra que o homem, onde for
se aprume


24-02-2021
12h11min
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 24/02/2021
Código do texto: T7192037
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.