O rio
segue seu curso...
sonolento,
lento,
deságua  no Rio Paraíba  do Sul.
Sem riso
as margens...
recebem máquinas,
britadeiras,
choradeiras.
Novas  casas
margeando a beira
das águas  minguadas.
A boiada pasta...
transforma a mata ciliar
no deserto da mente brasileira.
Ao longe...
ouve  se o lamento,
sem unguento.
As margens parideiras 
nao  acolhem  o destino
da terra ...
encolhida no desatino.

Soa o tilintar das taças...
brindando a menos- valia
nos versos da poesia!


Foto by Zaciss




 
zaciss
Enviado por zaciss em 31/08/2021
Código do texto: T7332162
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