NATUREZA MORTA
Na tarde de sol e vento,
veio rodopiando,
fazendo volutas no ar.
Aveludada, bordas amareladas,
tinha, ainda, um sopro de vida.
Acomodou sua leveza,
entre as almofadas,
sobre o banco da varanda,
e ali quedou-se, indefesa.
Tomei a folha com cuidado
e entre as páginas
de meu livro de poesias
guardei o ser delicado.
Passado algum tempo,
esquecida desse fato,
seca e frágil a reencontrei,
envelhecida, entre as estrofes
e as rimas que criei.
Na tarde de sol e vento,
veio rodopiando,
fazendo volutas no ar.
Aveludada, bordas amareladas,
tinha, ainda, um sopro de vida.
Acomodou sua leveza,
entre as almofadas,
sobre o banco da varanda,
e ali quedou-se, indefesa.
Tomei a folha com cuidado
e entre as páginas
de meu livro de poesias
guardei o ser delicado.
Passado algum tempo,
esquecida desse fato,
seca e frágil a reencontrei,
envelhecida, entre as estrofes
e as rimas que criei.