Na beira do cais

 

Correntes e pedras amentam a dor

Os rios perderam seus pisos

Que os escravos os assentaram

Lisos com a chuva do mar

 

São tombadas as recordações e o lugar

Nada se pode mudar

Não se consegue puxar

Nem apagar as marcas do sofrimento

 

A noite é iluminada pela lua

Que se reflete no cais

Onde se insinua

Quem comanda as águas

 

Que às vezes invadem as casas

Onde assombram os caiçaras

A se esconder do sol

Que castiga suas peles de sal

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 16/08/2022
Reeditado em 16/08/2022
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