Meu Rio Parua

No alto do andar que lho declina

Protegido nas entranhas da floresta

És paraíso irrigado pelos índios

Caudalosa corredeira e aquarela

No regalo das areias vespertinas

Ao estalo das canções de primavera

Na Pedra do Amor ou na Prainha

Meu regato é um bojo de donzelas

E nos banhos dos domingos à tardinha

No balneário, no melô, na paquera

No curso de tuas águas findam

Os galanteios que emanam desta terra

E no adeus de teus jusantes ribeirinhos

Ó marco fluvial e passarela

És dado ao senhor do teu destino

Nas lombas de um mirim de cidadelas

REFERÊNCIA: ANDRADE, Luís Magno Alencar. Os dizeres de um provinciano. Curitiba - Protexto, 2011, pág. 44

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 07/10/2022
Código do texto: T7622534
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