Os quatro elementos

Da terra o leite e o mancebo

Dos férteis ventres a oscular

Quando se tem a mão da fé

E os coentros de perfume.

Do ar o elemento descabelo

Anelando a primavera

Cheirando pescoços

Lambendo pernas e lábios.

Do fogo a picardia dos crédulos

Que cretinizam as pessoas

Que cremam vivas as ideias

E acendem partes secretas.

Da água o escorregar vagaroso

Ou as quedas brutas e dementes

A sepultar segredos

Afogar desesperos, perfumes, lábios e ideias.