Eis que em silêncio fenece a flor.
Padece a alma.
Sofre a cotovia.
E, o vento vai cortando as folhas.

 

Eis que em silêncio.
Semânticas bailam na chuva.
Tripudiam da manhã
e deitam no horizonte 
a se espreguiçar...

Mas, precisa-se fazer escolhas.

 

Todos estão exaustos.
No fundo do armário
a galocha dorme profundamente.
E, um dilúvio faz padecer  toda cidade.
A tempestade varre corpos
e  claustros.

Faz parecer a iniquidade.

 

A tempestade penetra em tudo.
Até em pensamento.
Deslinda segredos.
Ironicamente, faz trocadilhos.


A mão desliza no veludo.
Vence o empecilho
E, finalmente, afaga
os degredos e
os fazem suspirar.

 

Lá fora, a piedosa chuva

transforma tudo em líquido

Pingos de esperança

inundam a dúvida.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/02/2023
Reeditado em 08/02/2023
Código do texto: T7714393
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