QUERO VOAR

Agora até as flores estão cabisbaixas,

Seus perfumes adormecidos a brisa não traz,

Pois ninguém aspira mais suas suavidades,

Nem os beija-flores vem colher seus pólens,

Que podem dar vida e perpetuar as espécies.

Sou um passarinho sem vitalidade e recordo,

Quando ousado atingia altitudes infinitas,

E galhos tão frágeis me acolhiam com doçura,

Ovinhos tão frágeis minha namorada botava,

Filhotinhos esfomeados que nasciam então.

Será que a natureza também está perecendo,

E suas reações causam lamentos e tristezas,

Queimadas perversas destruindo até árvores,

E depois troncos imensos tombam sem vida,

Com animais e pássaros que morrem também.

Jairo Valio

Jairo Valio
Enviado por Jairo Valio em 20/07/2023
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