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Lado a lado, à cedros-rosas

Vis-à-vis sombrosas árvores

Umedecidos caules de flores

De uma das mais charmosas;

A receber acarinhar do sereno

A se espalhar, marcando terreno

Despencado das madrugadas

No prantear das margaridas!

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Apaziguado lugar florido

De amores idos plangentes

Que fazem lamentar as gentes

Sob alvorecer derramado;

Entre olhares encharcados

De molhas fartas, descaídas

Sobre pétalas orvalhadas

No lagrimar das margaridas!

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Costeando, segue rio vertente

Com viventes que, vêm e vão

Contornando veios na imensidão

Pulverizando, folhas e raízes;

Que em tempos de quenturão

Gotas são abduzidas do entardecer

Regando do alto, as escolhidas

No soluçar das margaridas!

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Delicadezas que imitam guardins

Que nos dias gentis, se supera

Belezas calhadas das primaveras

Que ventos, não falham embalar;

Como menininhas delicadas

Postas em janela, debruçadas

Minutos antes de seu ninar

No belo revoar das margaridas!

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Coloridas, estampam horizontes

Defronte, fundo azul anil do céu

Arcando em mãos, Deus Seu pincel

No esboçar, desenhar, florir, dar vida;

A manusear, mais completa aquarela

Tal qual aos girassóis, as amarelas

Em seu suspenso jardim, de margaridas.

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 11/11/2023
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