Natureza Lúdica

Suave brisa vai chegando e caindo

Pela fria manhã que se inicia.

Seres noturnos fogem da luz do dia.

A vida em sincronia vai seguindo.

E o vento fresco que passa

Lambe a folha que orvalha

Da flor o perfume espalha

Em forma de represália.

De repente, um sopro agita

A ramagem que palpita

Parecendo estar aflita

Na manhã cheia de graça.

Enquanto as horas se arrastam,

O sol, ainda morno, se levanta.

Com seus raios fúlgidos e dourados,

Ele aquece, brilha e encanta,

Deixando as cores mais vivas

Em bichos, homens e plantas.

Colorida, a vida torna-se mais amena.

Céu imenso, dia intenso e terra plena.

E, densas nuvens decidem desaguar,

Toda água com a terra misturar.

Nessas águas que se espelha a beleza;

O reflexo natural da natureza.

No clima agradável, com aroma de flor,

A tarde se dissolve no arrebol;

E o astro-rei ameniza seu calor,

Descambando, se assemelha a um farol.

Pássaros em revoada fazem a corte

Para a dama da noite que surge.

A lua é minguante, foice de prata

Cortando o ventre da noite;

Faz nascer estrelas

Na medida exata.