INDIGNAÇÃO

Penso sempre indignado,

Convicto de não estar errado,

Sobre a justiça injusta

Que no Brasil se imputa

A pessoas inocentes,

Que de posses são carentes.

Pertencem a classes baixas,

Mas pagam tributos e taxas,

Porém são tão diferentes,

De importantes clientes

De advogados famosos

Que cobram preços vultosos.

Acho uma aberração,

Que por pequeno furto,

Que merece perdão...

E claro, uma advertência,

Chega-se ao absurdo,

De mandar sem clemência

A pessoa à prisão.

E político ladrão,

Que subtrai da nação,

Não um pote de margarina,

Mas, milhões em propinas,

Goza de imunidade...

É a maior calamidade !

O que cursou faculdade,

Tem que dar exemplo bom,

Mas tem tantas facilidades

Quando vai para a prisão !

Por tudo, não consigo entender,

Uma justiça tão falha,

O pobre manda prender...

Inocenta o canalha !

Auro.