COISAS QUE EU NÃO SEI...

Esqueça as coisas que eu

disse, os poetas vivos e os

mortos, deite-se na solidão

que eu sinto, ela é permissiva,

abundante e visceral.

Esqueça a tolice de entender;

eu também não entendo, eu me

rendo à ignorância de tolerar o

que eu não explico, nem você.

Esqueça a janela aberta, a alma

em riste, e a poesia triste que

molha seus dedos.

Eu também prometo esquecer:

dias cinzas, o desejo da sua boca,

e a cor dos seus olhos...

Essa eternidade é coisa pouca:

um dia...eu me lembro de esquecer.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 17/06/2008
Reeditado em 18/06/2008
Código do texto: T1038046
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