ALFORRIA
Quero escrever sem pensar,
os versos que vierem à tona,
sem preocupação com rima ou estilo,
sem pudor ou desejo de agradar.
Quero escrever sem mendigar compreensão,
sem desejo de convencer
ou de prender a atenção!
Quero apenas
deixar transparecer a liberdade!
Quero exibir os elos quebrados
das pesadas correntes
que outrora me tolhiam...
Deixarei que os versos
venham livremente,
rimando diferente
o sentimento que flui
da alma liberta.
Eis a porta aberta
para a amplidão!
Eis a alforria
da sofrida escravidão!
Aqui estou...
desinteressado das ilusões!!!