O primeiro amor

Um amor cego

Só a saudade enxerga

verga o peso do nada

vê a sombra tornar mais claro

o medo de ser tarde

o fim de uma obra inacabada

Alheio ao filtro razão

Meu entendimento brilha no lago

Vago como a lua reflexa

Distorcida na superfície

Pelo movimento profundo

Do turvo que há em mim

Ora... é hora de pegar o trem

Não sou estação que me prenda

Sou bilhete de ida que não está à venda

Nasci clandestino determinado

Nessa trilha já parti

Vou como quem volta a enxergar o primeiro amor

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 09/07/2008
Reeditado em 20/01/2014
Código do texto: T1072935
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