Uva
Ao comer uma uva
O gosto exótico me fez lembrar algo
De que o céu é coberto de infinidades
Coisas de repentes
Espontâneas
Encontrando-se em um único ponto
A uva
Toda a verdade concreta
Das mais profundas raízes universais
Fabricaram com o nada, a uva
Que agora
Eu, de matéria-prima o nada também
Se alimenta de um fruto
Fruto da verdade concretizada
Que é a uva
Assim isto, como também o resto
O resto que não é humano
Que é da espontaniedade
Tudo sem conhecimento
Sem conhecimento, instatâneo
Se não vimos
Seria mais que de repente.