Velha Infância...
No jardim que encanta
Vejo em um velho banquinho
Uma criança
Olhando as rosas brancas
Cheia de carinho
Cheirando cada uma
Sentindo o perfume exalar pela blusa
Ela para e se pergunta
Se é bom sentir
Andando mais um pouco
Não percebeu que existia
Um labirinto no meio do pomar
Onde ela podia tentar se achar
O sol foi indo embora
A criança vendo a noite
Passar com as horas
Pensou e agora
Começou a correr
Não sabendo o que fazer
O luar a fez adormecer
Nesse estado de sono
Agora sonâmbulo
Ela foi saindo do labirinto
Sentindo os cheiros
Das rosas brancas
Que antes entraram no seu caminho
Ao sair do labirinto
Em estado de sonolência
Com um rostinho
Esculpido de inocência
Encontrando a entrada
Ela voltou para o meio do chão
Onde dormia
Sem nenhuma preocupação
Depois de um tempo
Ela foi acordando
E vendo as rosas brancas
Com certo espanto
Viu que estava na entrada
Do jardim que fez sonhar sem sair de casa
Do seu quarto encantado por fadas...