O FAMOSO "QUEM"

No mundo fútil, todo brilho é pouco

Para aquecer o tédio da televisão,

Quando não se vê o povo no sufoco,

Eis o show espúrio da corrupção,

Eis o tempo e a fama desse circo louco

No glamour descartável dos "ídolos" que vão !

E no labirinto do luxo e da fofoca,

Tudo desemboca na futilidade,

Mas a vida do povo, já não importa ?

O mundo traz a dor, mas a felicidade

Nem sempre nos vem, na alma, e bate a porta

Do mistério imenso que o pensamento invade...

Mas quando virá a força que o sentimento tem ?

Quando escaparemos dos rótulos sociais ?

Quantos falsos "astros" rirão do anônimo "ninguém" ?

Até quando não veremos que todos são iguais ?

Enquanto se fabrica mais um famoso "quem",

A ilusão impera sem voltar atrás.