Pane nas Américas...

Ponteiros que giram

E não param de ser

Nessa rota de rodas

Nessa ilusão de ótica

De alianças tortas

Colocadas nos dedos

Por algumas notas

Dizem que o solo sofreu

Pois alguns produtores

Não aceitaram o que ofereceram

E a nossa terra que chamo de dama

Sempre se precipita

Ao entrar na dança

E como sempre

Fica na corda bamba

Os reis alegaram colapso

Por serem claro os donos do mercado

Saíram do pacto

Como sempre honrados

E a nossa terra

Ficou sem arado

Continuam plantando no deserto

Onde só os cactos sobrevivem ao incerto

E nós continuamos perdidos nesse processo

Sem saber o destino mais que incerto

Será que não aprenderem a lição

Pois a hegemonia

Disfarçada de um coraçãozinho bom

Sempre sai das alianças

Com algumas cartas nas mãos

Mais uma vez falam-se acordos bilaterais

Que ajudem a estabelecer a paz dos produtores pobres

Contra a elite que agora dorme

E os produtores dessa aliança

Continuam vendo esperança

Com alguns acordos

Traçados por núpcias prontas

De um casal divorciado pela rotina

Fala-se da diplomacia

Mais com reis e rainhas

E os nobres vestidos de pobre

Continuam pedindo esmola na esquina...