Eu livro.
Tínhamos vasto vazio suficiente
Tínhamos grãos e mais grãos de infinito
O sublime, o poético
As estrofes inteiras
Haveriam de caber numa boca
Boca essa, ávida e sedenta
Pelas invenções
Acalmadas prateleiras...dos livros
Cada página ascendente
Cada leitura corrente
Um córrego
Um fim
Um meio: mecanismo de tocar estrelas.
Livrarei minh’alma de perder-se então
Eu livro:
Os amantes
Os da noite
Os poetas
Os cantantes
Na sonoridade bem lida
Num bom livro.
Danilo Cândido.