Eu livro.

Tínhamos vasto vazio suficiente

Tínhamos grãos e mais grãos de infinito

O sublime, o poético

As estrofes inteiras

Haveriam de caber numa boca

Boca essa, ávida e sedenta

Pelas invenções

Acalmadas prateleiras...dos livros

Cada página ascendente

Cada leitura corrente

Um córrego

Um fim

Um meio: mecanismo de tocar estrelas.

Livrarei minh’alma de perder-se então

Eu livro:

Os amantes

Os da noite

Os poetas

Os cantantes

Na sonoridade bem lida

Num bom livro.

Danilo Cândido.

poeta inverso
Enviado por poeta inverso em 09/08/2008
Código do texto: T1120483
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