TALVEZ

TALVEZ

Não sei por que, e nem

De onde me vêm,

Este sentimento,

Este pudor,

De ter pena

Dos que riem à toa,

Pois me dói o efêmero

Do esgar de suas bocas.

Ou talvez não seja dor

Ao que chamo de doer;

Apenas um sentir

Sem sentido,

Ausência de fantasia

Nestes sentimentos meus,

Cais de partidas

E de chegadas feitas de adeus.

Eduardo de Almeida Farias

18.7.2006

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 30/08/2008
Código do texto: T1153094