Sub-produto no mundo da dor
Intensivamente ecoava as vozes de desejo
O amargo gosto do remédio que enclausurava a alma
Ao tédio doente de uma alma enraizada
Na terra dos eloqüentes
Uma vez pedi, supliquei por liberdade
Alguma vez me doastes liberdade
E o amor
É algo insensato
Encarecido
Ou uma espantosa vontade de viver para o outro
Ó dor no peito
Sinto logo na esquina
A morte se aproxima
Vem babando
Me idolatrando
Desejando meus objetos, adjetivos
Quer de mim sexo
Me usar como dinheiro
A comprar luxurias que só o mundo pode nos dar
Venha me despir
Leva logo do peito a alma
Aprisiona de vez a calma
A serenidade do carrasco
E a virgindade do divino
Leva de vez a dor do corpo
E imploro ardorosamente
Deixe aqui
Eis me aqui
Só a cor
Da Aids