Sub-produto no mundo da dor

Intensivamente ecoava as vozes de desejo

O amargo gosto do remédio que enclausurava a alma

Ao tédio doente de uma alma enraizada

Na terra dos eloqüentes

Uma vez pedi, supliquei por liberdade

Alguma vez me doastes liberdade

E o amor

É algo insensato

Encarecido

Ou uma espantosa vontade de viver para o outro

Ó dor no peito

Sinto logo na esquina

A morte se aproxima

Vem babando

Me idolatrando

Desejando meus objetos, adjetivos

Quer de mim sexo

Me usar como dinheiro

A comprar luxurias que só o mundo pode nos dar

Venha me despir

Leva logo do peito a alma

Aprisiona de vez a calma

A serenidade do carrasco

E a virgindade do divino

Leva de vez a dor do corpo

E imploro ardorosamente

Deixe aqui

Eis me aqui

Só a cor

Da Aids

gliard tavio
Enviado por gliard tavio em 31/08/2008
Código do texto: T1154854
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