Vista de Dentro.

Um velho passo na mesma rua que se andara...

O vento canta alto, respira fundo, bagunça os cabelos molhados.

Olha pro céu. Conversa com a lua. Brinca com as estrelas.

Chega ao infinito de uma janela aberta. Particular.

Dela... sai uma formosa borboleta.

Explodiu sentimentos bonitos, abstratos...

Expressado no piscar dos olhos, o concreto...

Carregados pelas cores das asas abraçando o vento, as flores.

O ir e vir. Mesmo sentimento.

As rosas falam rimas de amor.

Os cactos disfarçam e choram a dor do sentir.

Tudo foi se misturando...

Do lado de fora, o frio.

A borboleta beija os lábios da menina.

Do lado de dentro, braços abertos.

Frio, calor, amor, dor, medo do medo...

Muita coisa se perdeu.

Tudo foi feito...

A janela se fecha.

O passar das horas, leva tudo pra frente.

Amanhece...

A menina dorme.

Sonha em não acordar.

Amannda Mattos
Enviado por Amannda Mattos em 25/09/2008
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T1195997
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