AVESSOS DA VIDA
Ínfimas horas de justiça assisto
Em tudo que existe pelo homem feito.
Tento crer na bondade, mas desisto;
Não há vez para tudo que é direito.
As leis da ética na vida expostas,
Sejam de Deus, do próprio ser humano
Não são aceitas; sequer há respostas
O mundo se tornou indigno e profano
Se o mal sempre houve nesta nossa esfera,
Jamais existe tanto quanto agora.
E reina altivo; vencida está a guerra.
O bom, abatido, a derrota chora.
Aos maus, todos os louros, só quimera
Oh! Este avesso! Este inferno! Esta Terra!