FRENTE AO ESPELHO
E em suma minha vida
foi toda um sórdido egóismo
e de tão egoísta que fiquei
Em meu mundo seguro me fechei
E de que adiantara ficar
Sozinho num mundo em que só
Ficava seguro e sem a companhia
De tudo e todos, restou-se a dó
Que sentimento mais vil
Por entre os homens, o pior
Pois agora sozinho e miserável
Me tornei um homem menor
Ai daqueles que ousarem me ofender
Com tais palavras que disse antes
Serão homens tolos, ignorantes
Pois meus defeitos, aceito com medo
Pior é o Burro que fica a apontar o dedo
Fronte ao teu espelho vislumbrante