Amálgama
Há males que ganham bem
Aquilo que os bons almejam.
Desvalores que os mantêm
No pântano onde se beijam.
Na mistura da estação,
O ruim corre na frente.
No pulsar do coração,
O bom cultiva a semente.
Vence o pior.
Deixam ambos nessa história
Rastros de trilha, no entanto,
Que conferem à vitória
Qualidade ou desencanto.
Nessa amálgama de vidas,
Resta o sereno da hora.
O honesto passo dos dias
Diz quem fica, ou vai embora.