A menininha cresceu...
Há quem diga que ela anda revoltada com a vida.
Mas a realidade é outra e turva como as nuvens.
Seus pêlos não são tão docentes ao acaso seu
Menina não renasceu, apenas cresceu ao mundo.
Seus traços doces de infância já se foram em rios
Lágrimas cortaram os seus passados vazios em cetim.
Suas brincadeiras perderam a graça e cirandas de fio
Ai que saudade, dessa menininha que agora cresceu.
Não tem tempo nem de viver, apenas sobrevive.
No mundo em que o cão é seu amigo e doce algoz
Enamora-se pelo vento e o beija quando lhe permite
Saracoteia essa doce essência que agora é ausente
Ela largou os amigos e se dedica aos vícios diários
O trabalho um doce escravo de seu corpo cintilado
Não tem mais o brilho no olhar, apenas o cansaço.
Suspira menininha, a doce saudades que lhe resta...