AMADURECENDO COM AS QUEDAS
Vejo uma criança só, indefesa e sem preocupação,
Com todo o horizonte a sua frente,
Junto à imensidão do mar...
Penso: Terá ela alguma preocupação com o tempo?
Com o amanhã? Com limites?
Não. Não. Não!
Eu não consigo mais ser assim....
Criança!
Viva! Creia de graça!
Que acredita em sonhos!
Plena de esperança!
E eu gosto de me sentir criança,
De não ter limites!
Mas, o tempo passou...
E eu não vi, não atentei.
Ou simplesmente fingi que não vi!
Mais o relógio do tempo marca,
E o relógio da vida passa!
E em certo momento o espelho real
Aparece em sua frente e o cansaço é visível é mortal.
E eu estou literalmente, fisicamente, psicologicamente cansada!
Caí.
E o que essa queda me causou não foi somente dores físicas.
Dores mentais, espirituais eu sinto.
Foi uma queda.
Para abrir meus olhos, para aprender a "andar" igual criança quando dar seus primeiros passos, caí, levanta e caí novamente.
E venho "caindo" a muitos dias, meses, anos...
Fiquei sem graça....
Não somente por causa da queda.
Mas, por conta da vida que tenho como eu a trato.
Muitas vezes sem horizontes, perspectivas,
Sem metas, sem planos, sem nada!
Preciso caí na real....
Se ainda houver tempo
MARTINIANA G S FERREIRA
ATUALIZADA EM 28/10/08 00:06