Vivendo o luto

Novamento o luto bate à minha porta

Novamente a experiência dolorosa de perder

Sem pudor algum vem esse sentir doloroso

Como quem não se cansa de me lançar em um grande,

Profundo fosso...

Novamente esse incômodo de dizer adeus

Disfarçando a tristeza perante os olhos teus

Para que não tripudies ,para que não pises mais uma vez

Em meu querer tão fragilizado, tão espezinhado.

Talvez seja o derradeiro luto

Talvez o último elo, tênue, mas existente ainda

Que te mantém em mim guardado.

Não vou lamentar o rompimento definitivo

Não vou fugir das últimas lágrimas

Vou esgotar essa dor até o fim

Pois não quero mais viver na morte mergulhada.