Convenções

Hoje só me restou fazer poesia,

Com o que sobrou da minha auto-estima

E do meu cansaço da rotina.

Na verdade vivo essa rotina,

Por não abrir mão de protestar

Contra convenções sociais.

Que dizem que o “homem”

Tem que casar e ter filhos,

Que o homem tem que ter um grupo

Pra não ficar sozinho.

Enfim...

acaba que ninguém fica livre

Por muito tempo.

Acaba que ninguém agüenta instabilidade.

Mas a minha estabilidade mesmo

É a instabilidade emocional,

É a insegurança,

É não ter um freio

Ou nenhum outro apego.

É também reconhecer

Que apesar das convenções sociais,

Eu sou sozinha.

E que vivo em solidão,

Apesar da voz da multidão.

Espontanea
Enviado por Espontanea em 14/11/2008
Reeditado em 20/06/2015
Código do texto: T1282834
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