Fuga do destino

Meu corpo é saudade

Entrega vida e felicidade

Nas mãos do abandono

Seiva do abraço

No almejo esticado

São breves os lamentos

E justos no acompanhamento.

Espero quieto

Aqui latejante

Faço meu lual

No terreno sem espaço

Se passo, não olho

Espero o declive

Cair ao meu encontro.

Ferir a estimativa

Não tem necessidade

Esquece a praticidade

Em determinação salutar

Para em breve acatar

O anel que ficou solto

Na extremidade do tempo.

Derramo meu coração

Espero chegar o próximo verão

E aguardo a sentir

Tentando ouvir

Aplaudindo o som parado

Questionado pela minha impaciência

Vida minha, esperança quase zero.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 28/11/2008
Código do texto: T1307870
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