THE KINGS OF PERFECTION

Sim, erigem um mundo perfeito:

Com os miasmas da ganância

Edificam maravilhosas fortalezas,

Obstando a entrada da prole da desgraça

Ao dar-lhes diamantes da miséria, que, como sempre, se mostra Ávida.

Sim, amam a assimetria:

A assimetria do níquel:

Para um punhado, a opulência refrigerante do mais belo oceano;

Para a turba, a infinita latitude do maior dos desertos nefandos.

Trasladaram da mente para o mundo real

Seu dogma narcisista:

Com efeito, desdenham a constância das anomalias.

Então elas são dragadas pelo vórtice da extemporaneidade,

Sempre atemporal e que grassa por aí, penetrando nas vísceras

Do computador de nossas anômalas colônias hipócritas.

Contudo, a imperfeição é onipresente:

Está em todo lugar em que descerremos as janelas da mente.

Ela nos persegue em nossa compleição social;

Ela nos aturde, materializando-se em nossos fantasmas Existenciais;

Ela se torna o nosso centro de gravidade á medida que, ao Envelhecer, nós nos mergulhamos num mar de tristezas,

Despojando-nos, então, do manto do sofisma, que até momentos

Antes nos guarnecia da consciência ferina.

Sim, não adianta construírem paços apológicos do narcisismo,

Pois a imperfeição penetra cancerígena em cada átomo de nossas

Entranhas

Sim, a imperfeição é o principal baluarte e vetor da nossa jornada

Gloriosa.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 29/11/2008
Código do texto: T1309376
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