Impasse

Oh, desventuras de amor crescentes!

Quando serei digna do firmamento?

Esses corpos com músculos dormentes

São frutos de um podre sentimento

O vento carrega as confusões doentes

E as traz de volta com uma batida

Dor que lateja em nossas mentes

Origina e abre uma nova ferida

Deixo meu seio sofrer com o vazio

Com amor, me mande outro tormento

Largue meu coração com medo do frio

Prefiro a morte a outro detrimento

Te proíbo de voltar com sua palavra

Não corra pro meu colo ao se arrepender

Te proíbo de me achar sua escrava

Não pense que pretende me entender

Dos teus lábios não quero ser refém

Do mesmo modo você não quer regressar

Vou fugir, e acredite nesse alguém

Entre nós não funciona o verbo amar

Enquanto nenhum dos lados está sofrendo

Sigo minha sina sem pedir permissão

E se há algo vivo que está quase morrendo

Encare, querido, as coisas como elas são

Luiza Araújo
Enviado por Luiza Araújo em 05/02/2009
Código do texto: T1423621
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