Impasse
Oh, desventuras de amor crescentes!
Quando serei digna do firmamento?
Esses corpos com músculos dormentes
São frutos de um podre sentimento
O vento carrega as confusões doentes
E as traz de volta com uma batida
Dor que lateja em nossas mentes
Origina e abre uma nova ferida
Deixo meu seio sofrer com o vazio
Com amor, me mande outro tormento
Largue meu coração com medo do frio
Prefiro a morte a outro detrimento
Te proíbo de voltar com sua palavra
Não corra pro meu colo ao se arrepender
Te proíbo de me achar sua escrava
Não pense que pretende me entender
Dos teus lábios não quero ser refém
Do mesmo modo você não quer regressar
Vou fugir, e acredite nesse alguém
Entre nós não funciona o verbo amar
Enquanto nenhum dos lados está sofrendo
Sigo minha sina sem pedir permissão
E se há algo vivo que está quase morrendo
Encare, querido, as coisas como elas são