ENQUANTO HOUVER VIDA

O que é, mesmo, a vida de um poeta?

A que fim vive ele, pois?

Ficaria feliz se o soubesse.

Porque a busca do instante é essa,

e eu procuro desvendar

o significado da vida de

um homem que se contenta

em escrever.

Como um homem pode

viver de sonhos,

de ilusões,

de mágoas,

de... amor?

Não compreendo.

Mas, afinal, o que,

na vida,

é feito para se compreender?

Porque o que se compreende

não nos interessa.

O que nos atrai

e nos comove

é o céu sobre nossa

cabeça,

é a mente e o coração,

o amor...

cousas essas incompreensíveis

e reais.

Sempre digo que tudo neste

mundo é incógnito e ininteligível.

A água quando está turva,

o trovão que só vem quando o raio

se apagou.

A vida que nos intriga,

que nunca tem fim

em nosso entendimento.

Tudo isso é imcopreensível

e fascinante.

Agora, o que faz um homem

se sentir feliz com poesias?

Como se borboletas

lhe viessem pairar

sobre sua cabeça

iluminada?

O que é, diga-me,

porque não me aguento

mais.

Eu quero saber o que é que

Mexe tanto em mim

e me faz tanto escrever

e sonhar

e chorar

e rir.

Queria saber o que é

que me dá mais prazer

que me alegra mais que tudo

nesta vida.

Porquanto, faço juras de que,

até o final da minha incompreensível

e confusa vida,

nunca jamais deixarei de poetizar

a vida toda...

eternamente.

Amém.

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 09/02/2009
Reeditado em 09/02/2009
Código do texto: T1430688
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