AMIÚDE

Quando as palavras perdem a força

E o amiúde das letras desfaz a lógica

Quando a certeza vaga no vazio

Perdida nos andaimes do medo

Quando as lágrimas se cristalizam

Embaciando o cone da visão

Quando o chilrear dos pássaros

Confunde-se com o sibilar das cobras

Quando a serenidade do perdão

Perde-se na animosidade do ódio

Quando a luz do entendimento

Dispersa-se na imbecilidade da guerra

Quando o chamado da razão

Ecoa no vale da destemperança

É quando fecha-se a porta da racionalidade

E nos expõe a primitividade de nossa essência.

Jose Raymundo Xavier
Enviado por Jose Raymundo Xavier em 11/02/2009
Código do texto: T1434467
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