Minha Paz mora na tua Guerra

Engravide-me de versos para que eu possa parir sentimentos em forma de poesias.

Quando me transformo em mar, banho teu corpo de poesias sem que percebas minha presença.

Minha caneta viciada procura minha mão condenada para juntas eternizar a escrita no papel.

Saio de mim e vou embora quando me junto com a inspiração e nós duas doidamente chegamos ao orgasmo buscado pela noite a dentro.

Enche meu campo de flores, rega com teu prazer a minha terra fértil.

Enfeito-me com tua agonia de não poder me beijar.

Inspiro-me nesse amor que nunca chegou e se chegou passou por mim e não me achou.

Trago a marca do “querer”, guardo a vontade do “ser”, invento nuvens pra poder “chover”, tudo isso por me faltar coragem de encontrar você.

Esse abismo que nos separa foi criado pelo mórbido prazer de me esconder de mim mesma.

Se alguém me achar, por favor, não me devolva!

É melhor então nem tentar me procurar, o risco é grande e a vontade imensa!

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 13/02/2009
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