Adeus amor.

ADEUS AMOR

Tomado pelo crepúsculo,

Da noite se avizinhando,

Deixei que a saudade má,

Ficasse me acompanhando.

Quando visito o passado,

No mar da felicidade!

Vai grudada no meu peito,

Provando que é verdade.

Seguidamente a areia

Que escorre na ampulheta,

Além de marcar o tempo,

Por vezes me é muleta.

Hoje, nos meus curtos passos,

A verdade vai chegando!

Se a pele sofreu “amassos”,

As ilusões vão findando.

Não sou, portanto, momentos,

Nem de “ontens”, resultado!

Sou afeito ao sentimento,

Inteiro e não mutilado.

Agora que vou partir,

Deixarei o meu legado,

Na velha face, a sorrir,

Por ter vivido enganado.

Mas antes da despedida

A experiência somada,

Fará minha voz ser ouvida,

Mesmo que não diga nada.

Quem aqui continuar,

Pensará que eu disse adeus!

Mas sem saber na verdade,

Que me tornei mais um “Deus”.