Um rosto alheio.

Um rosto não muito estranho no meio da multidão, notando-lhe o semblante alheio, como se nada lhe pertencesse, como se ela não fizesse parte de nada daquilo. Como se fosse tudo um grande engano. O planeta errado, o continente e o país errado, o estado, a cidade, o bairro errado... Tudo errado.

Andando meio que de solavanco meio que flutuando, sem se prender em nada na paisagem, em verdade sem nem percebê-la. Só continuava, só queria ou talvez só podia fazer isso. Sua expressão não denunciava, seus medos, suas vontades, ou qualquer coisa que passa-se naquela cabeça. Ela só continuava.