METAPROSE

Acorda a noite no sobressalto

da perpétua dor de partoir o dia.

Faminto ser, canta os pulmões, aleitando luzes,

construir, lúdico destruir manhãs de fantasias.

Em dobras, barco de papel pelo vento do tempo

velas soltas ao mar, caravela singra além.

Navegar lágrimas de si, fusas ao sol,

ascender frases desconexas às constelações dos sons.

Transpor fronteiras da metamorfose cósmica,

impregnar o etéreo metafórico prosa-poético.