Um pedaço de mim.

O que dizer das minhas dores e minhas indagações delirantes?

Qual rio em correnteza desfigurante, elas vêm lavando meu rosto,

E combinando o pranto e os sorrisos, tudo parece estar ao oposto,

Com mente desalinhada junto às linhas das minhas mãos flamejantes.

Como ouvir os gritos insurdecedores que surgem em meu coração?

Estão surdos seus ouvidos para os meus clamores incompreensíveis,

E por sorte me restou um leve entendimento para coisas plausíveis.

Não serei a quimera dos teus horrores, nem serei tua decepção.

Em pouco tempo o tempo revoltou-se contra minha índole febril,

A céu despencou e a terra se abriu, minha cabeça parece girar.

Eu estou com frio, sinto medo e fiquei instantaneamente sem ar.

Como equiparar o gênio forte e infrene, à um falar suave e gentil?

Não posso arrancar de dentro o que de dentro brotou, sem licença.

Reflito meus atos, entendo os fatos e seus motivos são verdadeiros.

Mas o infortúnio é curiosamente indefinido e os resultados derradeiros.

Infelizmente os meus instintos tão chatos, são males de nascença!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 07/03/2009
Código do texto: T1473407
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