ESCOLHAS

Ando agoniada,

Sofrendo calada

Com medo de que a cada nova palavra

Minha mais profunda intenção seja denunciada...

Não sei bem qual é o meu querer,

Não estou pronta para ter que escolher.

Estou literalmente em cima do muro,

Mas se aparecer um precipício eu pulo,

Só para não ter que fazer a escolha,

A mesma que fará com que um pedaço de mim morra...

Porque não posso ter o preto e o branco,

A noite e o dia?

Porque ter que escolher entre o falso e o franco,

Ou entre a valentia e a covardia?

Não estaria eu rotulando,

Ao invés de deixar cada um por si se mostrando?

As escolhas são inevitáveis,

Mas são por demais complicadas...

Sejamos razoaveis,

Se parados em encruzilhadas

Como saber se o caminho a frente é o certo

Se não tentarmos o caminho inverso?

Em que nos apegamos então?

Na intuição...?

Na razão...?

No coração...?

Melhor seria poder seguir todos os caminhos,

Aprender acertando, errando, vivenciando...

Mas aprendendo sozinhos

Pelas trilhas que a vida vai nos levando...