"Refacto"

Faço o poeta

Crio a dor e incorporo

Pólo à pólo

Meridiando teus paralelos

Visto os teus elos

Doces sutis

Um verniz recobrindo

A faceta

Careta de pau

Samba no pé d’ouvido

Grito do alto das cores

Tipo Caetano a velar

Corpo morto do sábio poeta tropicalista

Deitado na pista

Na pista de dança

Da dança que lança

Perfeito passeio

Enleia no meio

do escuro batendo

e eu já morrendo

de tanto escutar.

Sal do mar nos olhos dela

Que deságua

Noutro mar

Menina indolente

Morre-te de mim

Dana-te de mim

Entrega-te ao mundo

E caia na pista...que dança.

Relança teus discos

Expõe os teus riscos

Mais arriscantes

Como se instantes

Pudessem me ter

Num minuto imenso de eternidade

Enquanto o tarde

Não me encontra...

poeta inverso
Enviado por poeta inverso em 01/05/2009
Código do texto: T1569973
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