Da harmonia à despedida

Nunca acreditei no supremo senão a pureza da alma

De tantas fraquezas até hoje sobrevivi por isso me julgo humana,

Falamos tanto em amor mas meus livros nada me ensinaram sobre despedidas

Só me aconselham a sorrir, quando nada mais tenho o que fazer da vida.

Patético é esse amor que vejo brotar em meu sangue

E essa viagem que faço as vezes ao esquecimento,

Mas bela sempre será a dor de quem pode se sentir livre

De quem pode se sentir vencido e feliz, dentro do tempo.

Apenas o que se sente pode ser compreendido

Dentro do infinito...

Nada pode ser contado ou explicado, somente vivido

Palavras são duras, perdoáveis quando não ditas

Mas uma vez pronunciadas, permanecerão intactas no pensamento.

Eu deveria estar falando em destino, para obter perdão pelos meus erros

Mas eu sou tão fraca , tão franca a ponto de dar conselhos

Prefiro ficar calada, observando o medo me aprisionar sem glória,

Me sugando os olhos, a memória e os movimentos.

Então me deixe seguir, eu quero ver até onde chego,

E se me disseres que sou sincera, eu nego

Pois só eu sei sobre meus mais estranhos desejos,

Sobre minhas insignificantes vitórias e meus puros anseios.

Então, se você acha que é certa a hora, me aprisione, me condene

Faça do purgatório o teu julgamento

Mas não esqueça que somente de mim surgirá o perdão,

Que impedirá que a tua boca, beije os lábios do ressentimento.

Deibby Petzinger
Enviado por Deibby Petzinger em 18/05/2006
Reeditado em 22/07/2006
Código do texto: T158181