Quase

Tem certo quase que é quase nada

Falta o pulo de um gato na sacada

O quase beijo da alma quase carne

O quase fogo na lenha quase brasa

O quase é um se ver em segundo lugar

Ou bem tudo aquilo que viria primeiro

Aqui o encontro o jamais transcorrido

Ali a entrega ao enlevo em derradeiro

Mas escolher requer decisão e remodelo

Que deixa o quase nada noutro território

O quase beijo a se tornar encontro refeito

Um nós a viver, o nosso o real paradeiro

Escolha, então, o seu país e a sua parada

Diga-os, com o alfabeto, com todo sinal

Estarei aberto a acolher o nós em texto

O quase nada não pode ditar nosso final