REFLEXOS

REFLEXOS

De lenço branco entre os dedos

Me jogo de cara num beco

Um santo um caro desejo

Solidão a encantar

Reflexos claros me dizem

Que tal solidão não consiste

É como poeira no chão

Basta vento pra levar

Vou inteira pra folia

Dançar até outro dia

Beber pinga com limão

Já de alma bem lavada

Após boas gargalhadas

Igual outras madrugadas

Entôo um samba em bom tom

Espantei noite tão fria

Lendo freud e poesia

Que de tão lindo judia

Será que é heresia

Misturar prosa com folia?