Sombras...

Sombras cegas tentam guiar,

Tentam atingir, conseguem culpar...

Seus tentáculos esfaimados por vingança

Não sabem sequer a quem ferir...

Desconhecem que a Verdade as alcança

E lhes revela que não podem existir...

Sombras, criaturas infelizes...

Esquecem que os sábios são aprendizes,

Pois aqueles que julgam saber tudo,

Um dia não terão o que perguntar, estarão mudos...

E é tão triste o silêncio como companhia,

Tão miserável para si essa agonia...

Sombras, tão frágil é teu telhado,

Tão passageiro e ilusório teu estado...

Ah, soubésseis que teu destino é o nada,

Pudesses entender que estás prestes a descer a escada...

Quando derramas sobre o culpado

O frio da tua violência oculta pelo invisível,

Faz apenas inocentá-lo de ser condenado,

Pois ao amor Maior essa tarefa é possível...

Ah, sombras... Quão tolas são suas idéias,

Reúnem-se tais quais lobos em alcatéias

E se imaginam fortes, poderosas...

Um dia descobrirão que são onerosas

Essas tuas investidas sangrentas

E que terão de pagá-las, não estarão isentas...

Não poderão falar em misericórdia,

Pois não a semeiam, não a colherão.

Colherão sim os espinhos da discórdia

E os sentirão cravar em vosso coração.

Então virá a dor, a dor pungente, dilacerante,

Essa é que irá levá-las adiante e diante,

Diante da descoberta de que existem

Porque são filhas da Luz...

E sem ela, a Luz, vocês não existiriam,

Ela lhes perguntará por que não desistem

E se voltam para o caminho que conduz

Ao lugar onde as forças do Bem irradiam.

Sua resposta será decisiva,

Ela tornará permissiva

A chance para que o Alto lhe arranque das mãos

A espada com que ferem teus irmãos...

É uma oportunidade que não devem perder,

É a oportunidade única de voltar a viver...

Sandro La Luna
Enviado por Sandro La Luna em 05/06/2009
Código do texto: T1633776
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