* A canção das conchas *



Guardo em conchas arroubos do coração
conchas que trazem segredos do mar
embalados em suave canção

Guardo desejos e suspiros em conchas
penduradas ao meu pescoço
para que não se desvencilhem de mim

Tantos ais e lamentos fazem alvoroço
Cá dentro onde me vejo assim
Sonho, ilusão
Saudade, coração

Os cuidados com esta vida
se embebedam nas águas fundas em mim
se enroscam em rede de mistérios sem fim
Talvez um lampejo de transparência
Um toque suave de inocência

Recolho pedaços de mim
nas conchas calcificadas
O espelho reflete
uma imagem quebrada

Ilusões petrificadas

Quero encaramujar
me atirar ao mar
Não posso
Prossegue a jornada



* poema com registro de autoria
* imagem retirada da net


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Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 13/06/2009
Reeditado em 11/07/2009
Código do texto: T1647069
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