A moça espia da janela

A moça espia da janela
como quem contempla numa tela
o galante e sorridente rouxinol
que namora as flores fincadas no quintal

Espia no vão das lembranças
que saltam como  cardume
peixes graudos
na rede do pescador

São tantas andanças
que emergem da palidez ao lume
em olhos vivos ou sorrisos mudos
no lugar compartilhado da dor e do amor

No céu lívido da memória
recordações se amotinam
formam uma encadeada estória
singulares momentos que se aglutinam

A moça espia da janela
o tempo em suas facetas
o instante regado de luz ou o cinzento temporal
o ballet harmonioso das borboletas
o dia e a noite nas trilhas do bem e do mal


* poema com registro de autoria
* imagem retirada do Google

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Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 27/06/2009
Reeditado em 27/06/2009
Código do texto: T1670359
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