Velox
Meu pensamento como um corcel.
Corre entre mil abstrações.
Pula barreiras do invisível e pula e corre.
Avança por labirintos de sentimentos, e tantos e tão infinitos.
A realidade da imagem, o perfume, o som.
Tudo isso é ainda tão real.
Mas e mais piruetas fulguram.
E incauto me pergunto.
Se forem sonhos, porque sinto?
Ó selvagem animal de cauda estelar.
Desrespeita o tempo, o cosmos e suas energias.
Brinca com as situações.
Faz-me sentir calor.
Vencer o terror e enxergar alegria.
Acho graça de tudo isso...
Ele remonta e minha vida como um quebra-cabeça.
Passado, presente e futuro.
São simples peças desse brincalhão.
Como pode o imponderável apoderar-me?
Há corcel!!...Quanta esperança me trás.
Faz-me cosquinhas de sonhos, felicidade.
Por vezes coices de pedra, realidade.
Leva-me para a França, penhascos, voa corcel.
Em teu alado cataclisma, desafia o tempo.
Dá-me força de pensar e eu grito.
Brinca, brinca me desafia.
Dá saltos de alegria.
Tira-me do conflito e me diz.
Se vivo meus sonhos, acordo ou sigo?