ALGO COMUM

Numa noite sem destino algum

Um viajante sem destino nenhum

Analisando os mapas um por um

Notando neles sempre algo comum.

Nas ilhas onde escondiam os tesouros

Existem os restos dos últimos guerreiros.

Guerreiros que se foram em pleno luar

Deixaram os sonhos dispersarem-se no ar

Mudaram as estrelas de lugar

Acordaram os vulcões que não podiam despertar.

Na dispersão do que era tão igual

A lava desce inundando meu quintal

Pego meus mapas e também algum jornal

Nunca se sabe quando vai ter outro juízo final.

O fim do silêncio que o medo escondia

O medo do silêncio que eu sentia.

E os caminhos terminam,

Ilhas e mais ilhas se distanciam.

E os mapas agora se diferenciam,

As chamas do fogo hoje os iluminam.