"Quase Tudo"

No instante em que eu insisto

Como se tudo já não estivesse sido escrito

Olho para mim mesma e repito:

Para onde envio esse grito ?

Quando tudo que foi descrito

Facetado, estilhaçado

Dizimado, difamado

Esmiuçado ou Abençoado

Por que então insistimos?

Palavras para tal não se esgotam

Continuamos então nosso ofício

Que mais nos retrata um vício

Enquanto parece que tudo foi dito

Que nada mais há de novo

Surgem palavras e rimas

Onde o escrever segue aflito

Sobre amor, amizade

Desencontros ou a mais profunda dor

A despedida, a saudade

Quem já não escreveu a uma flor?

Uma trova de despedida

Aquela que dói na partida

Outra de encantamento

Daquele que fez um juramento

Juras de uma paixão eterna

Em outro instante só uma quimera

Explosão de sentimentos

Eloquentes batimentos.

No entanto, meus caros poetas

Com sonetos, ou sem eles

Rimas ricas ou rimas pobres

Com versos brancos ou soltos

Cá estamos de pena na mão,

Espantando a solidão!

Eliana Braga

Gaivot@

Campinas/SP/Brasil

30/07/09

Eliana Gaivota
Enviado por Eliana Gaivota em 30/07/2009
Código do texto: T1728406
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